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Unicamp | Plenária do Comitê em Defesa das Terceirizadas - Unicamp

Dia 25/04, aconteceu a Plenária do Comitê em Defesa das Terceirizadas na Unicamp. O Comitê, que se propõe a lutar pelo fim da terceirização, com a incorporação das trabalhadoras sem concurso público e do qual a Faísca faz parte ativamente, existe desde 2019 e desenvolveu várias ações para tentar impedir as demissões massivas de terceirizadas com a troca de licitação, o que ocorreu tanto em 2019 quanto em 2022.

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quinta-feira 27 de abril de 2023 | Edição do dia

Além disso, o comitê esteve ao lado das trabalhadores terceirizadas do bandejão da FCA, no campus de Limeira, quando estas fizeram uma forte greve, após a morte da trabalhadora Cleide Aparecida Lopes em que as colegas foram obrigadas a continuar trabalhando com seu corpo estirado no chão, que reivindicava por melhores condições de trabalho e por mais direitos, já que desde a entrada da empresa Soluções, a situação estava cada vez mais precária, com trabalhadoras sofrendo humilhações, tendo que trabalhar com suas mãos queimando e como disse a trabalhadora Aline ontem, "vocês [estudantes] estão se alimentando a base de choro" tamanha a pressão psicológica com a qual a empresa trabalha. Esse cenário hostil de trabalho tem o aval da reitoria que se abstém de qualquer responsabilidade e se nega a olhar para as trabalhadoras que mantêm essa Universidade de pé, contradizendo todo o discurso democrático que o reitor Tom Zé tenta proferir.

Nela, debatemos os sentidos da terceirização no Brasil que só precarizaram ainda mais as condições de vida da classe trabalhadora e que teve sua expansão durante os governos do PT e se aprofundou com as reformas trabalhista e e previdenciária de Temer e Bolsonaro, e como ela precariza a vida da classe trabalhadora e da juventude de conjunto. E daí a necessidade de unificar a luta de estudantes, terceirizados e efetivos entorno do fim da terceirização, com efetivação sem concurso público. E como reforçou a trabalhadora Aline -que participou na linha de frente da greve- colocando a importância que os estudantes têm como base de apoio, assim como tiveram na paralisação das terceirizadas da limpeza da USP semana passada que arrancaram na luta o pagamento de seus salários atrasados.

Além disso, na Unicamp as terceirizadas, ao contrário dos efetivos, não têm acesso ao Cecom (Centro de saúde da comunidade), apenas em casos respiratórios, o que explicita a função da terceirização de dividir a classe. Podemos mesmo falar em uma Unicamp democrática enquanto está se nega a atender uma trabalhadora terceirizada que passou mal dentro do seu campus? Pois foi exatamente o que aconteceu no bandejão da Unicamp de Limeira. Nossa luta pelo fim da terceirização também passa por uma forte campanha para que essas trabalhadoras tenham acesso pleno ao CECOM.

Outra pauta que foi discutida e deve ser conectada com a luta pelo fim da terceirização e com a demanda des estudantes por permanência estudantil é o bandejão aos finais de semana com contratação de trabalhadoras e sem terceirização.

O Comitê tem cumprido um importante papel, na universidade, de encampar os processos de luta que nela se desenvolvem, sobretudo impulsionando a união de forças estudantis com a de trabalhadores. Nós, da Faísca, fazemos, então, um forte chamado às entidades estudantis, como DCE e CA’s a construí-lo e a todes aqueles que queiram se somar para que continuemos tocando os próximos passos da luta pelo fim da terceirização e pela efetivação sem concurso público.

Assine também o manifesto contra a terceirização e a precarização do trabalho!




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