Projeto de privatização da companhia de água e saneamento de São Paulo está programada para entrar em pauta hoje na Alesp.
segunda-feira 4 de dezembro de 2023 | Edição do dia
Depois de Tarcísio distribuir emendas parlamentares para comprar os deputados da Assembleia Legislativa de São Paulo, o Projeto de Lei de privatização da Sabesp deverá entrar em pauta ainda hoje, às 16:30, para a apreciação dos reacionários deputados estaduais de SP.
O PL 1501/2023 já foi aprovado nas comissões de Constituição, Justiça e Redação; Finanças, Orçamento e Planejamento; e Infraestrutura. Em meio à isso, Tarcísio de Freitas distribuiu R$ 73,3 milhões em emendas “extras” para os deputados estaduais só nesse mês de novembro. O valor é mais do que a metade das emendas do ano todo, 64%, e isso mostra a perseverança reacionária de Tarcísio em arrumar a sua base para aprovar este projeto de privatização contra o povo de São Paulo.
Com isso, avança o complô entre Tarcísio e a Alesp, contra o povo de São Paulo. São dezenas de milhões que serão prejudicados diretamente com o processo de privatização, que significa encarecimento dos serviços, sem contar a falta de interesse de empresas privadas em prestar o serviço adequado de coleta de esgoto e de suprimento da água nos bairros mais pobres e das periferias.
Tarcísio segue seu plano, tentando se alavancar como figura da direita e da extrema direita, tentando ocupar o espaço deixado por Bolsonaro para as eleições de 2026. Para tal, preparou um grande esquema com compra de votos "legalizada" através das emendas parlamentares, formando com isso uma base de deputados reacionários que usam do dinheiro público para contrariar os interesses do povo. Estes não tem necessidade de bons serviços públicos pois recebem super salários e acumulam penduricalhos e aposentadorias, sendo uma verdadeira casta sustentada pelo povo, atuando em defesa de um interesse próprio.
É urgente que os sindicatos e associações de trabalhadores mobilizem-se para barra esta privatização, pois ela significará demissões em massa e precarização dos trabalho, como ocorreu com a Cedae no Rio de Janeiro. No RJ, o governo privatizou a empresa tornando o serviço mais caro, depois o governo Castro utilizou a verba da privatização para conseguir se eleger, comprando apoio de políticos e de prefeituras do estado. Tarcísio quer fazer o mesmo com a Sabesp, com a CPTM e com o Metro de São Paulo, e isso não podemos deixar.
A luta contra as privatizações e em defesa dos interesses da população é urgente e passa por fortalecer a unificação dos trabalhadores do Metrô, CPTM, Sabesp, professores e outros setores junto à população, contra Tarcísio de Freitas e as privatizações. Fortalecendo a auto-organização dos trabalhadores e a união das fileiras operárias em unidade com a população, exigindo que as centrais sindicais fortaleçam e construam de fato essa luta pela base, além da luta pela reincorporação de todos os 8 lutadores do Metrô demitidos pelo Tarcísio.
