Numa cidade que amarga recorrentes casos de feminicídios, com uma brutalidade chocante, os esforços da extrema-direita e da mídia tradicional da cidade são para criminalizar e tentar acabar com a ocupação Maria Lúcia Petit Vive.
quarta-feira 10 de maio de 2023 | Edição do dia
Logo em seu início a ocupação Maria Lúcia Petit Vive, coordenada pelo Movimento de Mulheres Olga Benário, já sofreu ataques por estar ocupando um imóvel em claro sinal de abandono, com estrutura elétrica e hidráulica precária. A mídia deu voz a um suposto proprietário que estava mais preocupado em dar prioridade aos seus lucros: "não pode haver espaço para extremismos que pregam a extinção da propriedade privada e, portanto, o mais importante pilar da economia de uma nação." Nada mais do que o puro palavreado burguês que defende suas posses acima da vida e da função social da moradia na sociedade em que vivemos.
Todo nosso repúdio aos ataques que a ocupação Maria Lúcia Petit do Olga Benário em Campinas vem sofrendo de bolsonaristas e até mesmo do verme do Mamãe Falei. Enfrentar com a luta dos trabalhadores e das mulheres essa extrema direita machista e da especulação imobiliária
— Flávia Telles (@FlaviaTellesED) May 7, 2023
Nesse espírito reacionário não foram poucas as vozes da extrema-direita que buscaram atacar, inclusive presencialmente, a ocupação. Entre eles o nojento Artur do Val, ex-deputado cassado por se aproveitar da situação de miséria das mulheres na Guerra da Ucrânia. Essa extrema-direita encontra refúgio no governo municipal e estadual do Republicanos, Dário Saad e Tarcísio de Freitas que são responsáveis pelo incentivo à violência contra a mulher, primeiro como base de apoio do governo misógino que foi Bolsonaro, depois atacando as condições de Assistência à Mulher e fomentando a precarização do trabalho que atinge ainda mais as mulheres, especialmente as negras.
Também é bem conhecido o reacionarismo da extrema direita em Campinas. Que com vereadores como Nelson Hossri criaram uma frente parlamentar anti-aborto na cidade, tentam criminalizar a marcha da maconha e agora querem abrir uma comissão processante contra o vereador Paulo Bufalo por apoiar a ocupação frente aos ataques que vinha sofrendo.
Essa extrema-direita tem que ser rechaçada pela luta das mulheres em aliança com os trabalhadores e outros setores oprimidos. Com total independência do governo, uma vez que também a política de conciliação de classes do PT, com o agronegócio, por exemplo, é o que leva ao próprio governo a exortar contra as ocupações do MST na Bahia. Nada mais escandaloso vindo do governo que diz combater a extrema direita.
Desde o Grupo de Mulheres Pão e Rosas e o Esquerda Diário repudiamos esses ataques da extrema-direita misógina à ocupação Maria Lucia Petit e expressamos total solidariedade ao vereador Paulo Búfalo que está sendo atacado por defender a ocupação. Lutar não é crime!
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