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Palestina | Tomar as ruas no dia 29 em solidariedade ao povo palestino e pela ruptura das relações entre Brasil e Israel

Desde o início da ofensiva do Estado sionista de Israel, em 7 de Outubro, contra o povo palestino, somam-se mais de 12 mil mortes, cuja maioria é de crianças e mulheres. Dentre essas mortes, são 50 jornalistas, tornando o conflito o mais mortal para a categoria, segundo dados da Agência Brasil.

quarta-feira 22 de novembro de 2023 | Edição do dia

Desde o início da ofensiva do Estado sionista de Israel, em 7 de Outubro, contra o povo palestino, somam-se mais de 12 mil mortes, cuja maioria é de crianças e mulheres. Dentre essas mortes, são 50 jornalistas, tornando o conflito o mais mortal para a categoria, segundo dados da Agência Brasil.

A brutalidade do Estado de Israel, comandado por Benjamin Netanyahu, é tanta que vem causando solidariedade e comoção internacionalmente. São inúmeras as mobilizações de rua que organizam milhões de pessoas em distintos países, inclusive no coração do imperialismo, onde os manifestantes chegaram a chamar Joe Biden de “Biden genocida”, reconhecendo a relação de financiamento bélico e político que os EUA estabelecem com Israel. Distintos governos, em maior ou menor nível, já foram obrigados a se posicionar, a partir da imposição das mobilizações. O governo Lula/Alckmin, como é possível ver nesta análise, demorou muito até ter coragem de nomear Israel e condenar suas ações, no entanto quando o fez, foi de forma demagógica, já que até agora mantém relações com o Estado genocida.

No dia 29 de novembro, tradicionalmente um dia internacional de luta em solidariedade ao povo palestino, estão sendo chamados atos em diferentes cidades no Brasil e em outros países. É muito importante que as centrais sindicais, as direções estudantis, figuras públicas e parlamentares de esquerda convoquem este dia de mobilização para que se alcance a massificação da luta.

Ontem foi dia 20 de Novembro, Dia da Consciência Negra, feriado nacional no Brasil, que reuniu centenas de pessoas nas ruas contra o racismo e a violência policial, levantando também a defesa da ruptura das relações entre Brasil e Israel. Não atoa esta data relaciona o racismo no país mais negro fora da África e o genocídio do povo palestino. O governo brasileiro desde 2003 estabelece relações com Israel de fornecimento de armas e de formação militar para a polícia que mais mata a juventude negra. A mesma formação que ensina os militares israelenses a matar crianças palestinas, ensina a matar jovens e crianças negras nas favelas brasileiras. É escandaloso que o Brasil siga com qualquer tipo de relação com esse país que hoje promove o maior massacre a céu aberto do mundo.

No último dia 18, o primeiro ministro de Israel, Netanyahu, disse em entrevista coletiva, (respondendo a uma declaração em que Joe Biden defendia que “após a guerra” o governo palestino deveria assumir a Faixa de Gaza) que a Palestina não tem competência para assumir a responsabilidade por este território, já que Abbas não condena as ações no Hamas. "Não podemos ter uma autoridade civil em Gaza que apoie o terror, incentive o terror, pague o terror e ensine o terror", declarou em entrevista. O Esquerda Diário não compactua com a estratégia do Hamas, que ataca civis, no entanto não é possível comparar tais ações com o genocídio de Israel contra o povo Palestino. Netanyahu e a burguesia sionista utilizam da ação do Hamas para justificar uma higienização étnica contra os palestinos.

Somente a auto-organização do povo palestino, em unidade com os trabalhadores israelenses antissionistas e apoiado na solidariedade internacional é capaz de barrar a ofensiva sionista de Israel, não somente pelo cessar fogo, mas pela imediata retirada de tropas israelenses do território palestino. Para isso, se faz necessário a massificação das mobilizações internacionalmente, com as direções sindicais e estudantis impulsionando atos unificados, debates e ações que pautem a ruptura imediata de cada governo e universidade com o Estado de Israel.




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