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Eleições DF | Veja 6 motivos para não votar em Ibaneis Rocha, inimigo dos trabalhadores

Ibaneis Rocha (MDB), atual governador do DF, está se candidatando a reeleição. Candidato de Bolsonaro, Ibaneis é um advogado milionário, dono da mansão mais cara já vendida no DF, possui centenas de imóveis registrados em sua imobiliária, é dono de extensas fazendas de gados no Piauí para onde destinou milhões de reais do orçamento secreto. Como advogado, Ibaneis defendeu um dos assassinos do indígena pataxó Galdino para tentar garantir o ingresso dele na polícia civil. Por esses e mais motivos veja por que não votar em Ibaneis Rocha.

sábado 17 de setembro de 2022 | Edição do dia

As pesquisas eleitorais mostram que o Distrito Federal é um dos locais onde Bolsonaro lidera as pesquisas refletindo também apoio ao governador Ibaneis Rocha que é aliado do presidente e leva a frente sua política reacionária. Ibaneis não é uma alternativa para os trabalhadores e o povo pobre do Distrito Federal, listamos abaixo alguns motivos do porquê não votar, e mais, a necessidade de nos organizar para combater as políticas que ele defende:

1) Ibaneis é aliado de Bolsonaro e já se beneficiou de R$ 7 milhões do orçamento secreto

O orçamento secreto foi utilizado por Bolsonaro para garantir apoio do centrão através da liberação de bilhões de reais sem especificação clara, dando abertura para que parlamentares usem o orçamento para seus próprios interesses. Enquanto isso, milhões de brasileiros vivem na miséria e na fome, onde 3 em cada 10 famílias enfrentam algum tipo de falta de alimento.

Segundo reportagem do Estadão, em 2020 foram destinados 15 milhões do orçamento secreto para Ibaneis Rocha, dos quais o governador colocou R$ 7 milhões no interior do Piauí, em municípios onde ele tem extensas fazendas de gado.

Em resposta Ibaneis afirmou que é “um político que saí da esfera do DF”, com “projeção nacional, inclusive com apoio a diversas prefeituras de diversos Estados do Brasil”. Ao ser questionado sobre essas prefeituras coincidirem com áreas onde estão suas propriedades ele afirmou que “Não houve qualquer benefício em áreas próximas à fazenda”. A demagogia de Ibaneis não impede que vejamos o óbvio, ele não está preocupado com a população e sim com seus interesses pessoais.

2) Foi responsável pela privatização da CEB, quer privatizar o metrô, a merenda das crianças e tudo mais que puder

Quando era ainda candidato Ibaneis procurou os trabalhadores da CEB e assinou uma carta se comprometendo a não privatizar a empresa. Sua mentira não durou muito e no seu governo a CEB foi privatizada, passando ao controle do grupo Neoenergia que é controlada pelo grupo espanhol Iberdrola. Junto com a privatização vieram as demissões, a precarização do trabalho, além do aumento das tarifas e de um serviço pior para a população.

Utilizou sua política de sucateamento para justificar a privatização também do metrô que agora que está em uma posição mais confortável é uma promessa de campanha, além de ter vetado um projeto da Câmara Legislativa do DF que proibia a gestão da alimentação escolar por empresas privadas. A lógica é a mesma dos governos ultraliberais de Bolsonaro e Guedes, entregar tudo ao capital estrangeiro enquanto a população amarga com péssimos serviços e altas tarifas.

3) Escândalo de desvio de verbas da saúde na pandemia

Em agosto de 2020, Francisco Araújo, então secretário de Saúde do DF, foi preso durante a Operação Falso Negativo. Francisco e outras 14 pessoas viraram réus, acusados de organização criminosa, inobservância nas formalidades da dispensa de licitação, fraude à licitação, fraude na entrega de uma mercadoria por outra (marca diversa) e peculato (desviar dinheiro público). O prejuízo estimado, com atualizações monetárias e danos causados foi de R$ 46 milhões. Somente com possíveis fraudes em contratos para compra de testes da Covid-19, o MPDFT calculou dano de R$ 18 milhões.

Em março de 2021, no auge da segunda onda da pandemia, os hospitais do DF viveram cenas de guerra, com pacientes sendo atendidos na recepção e corpos deixados no chão das unidades até serem removidos.
Durante o ano passado, diversas trabalhadoras e trabalhadores terceirizados da saúde, que estiveram ao longo de toda a pandemia se expondo ao risco de contaminação, na linha de frente como são os hospitais, tendo de manusear materiais contaminados, sem contar com os EPIs adequados, sofreram com a falta de pagamentos de seus salários garantindo seus pagamentos através de greves.

4) Milionário, dono da mansão mais cara do DF e de centenas de imóveis foi responsável pelos despejos e repressão na ocupação CCBB durante a pandemia

Durante a pandemia, com mais de 350 mil casos de Covid, quando 6,2 mil pessoas haviam morrido desde o início da pandemia no DF, o milionário Ibaneis desde sua mansão no Lago Sul, que é a mais cara do DF, despejou inúmeras famílias da ocupação do CCBB no Plano Piloto, e em outras regiões administrativas, em mais uma demonstração higienista e racista de sua polícia.

No mesmo ano, em meio a uma onda de frio histórica também mandou sua polícia para tomar os pertences de pessoas em situação de rua na região do Setor Comercial Sul, na Asa Sul. Foram retirados documentos pessoais, roupas, cobertores, panelas de cozinha, entre outras coisas.

A situação de muitas dessas famílias poderia ser resolvida expropriando e disponibilizando as centenas de imóveis das quais a imobiliária de Ibaneis é proprietário.

5) Atuou como advogado de um dos assassinos do índio Galdino Pataxó

O atual governador do DF, presidente da OAB à época, se prestou ao papel de advogado de um dos assassinos do cacique do povo indígena Pataxó Hã-hã-Hãe do sul da Bahia, Galdino Jesus dos Santos, um brutal assassinato que marcou a história de Brasília. Ibaneis defendeu a entrada de Gutemberg Nader de Almeida Júnior para agente da Polícia Civil do DF e disse na ocasião “Não existe penas e, principalmente, penas acessórias de caráter perpétuo. Ele cumpriu a pena em liberdade assistida e, a partir daí, leva uma vida normal”.

Hoje, Gutemberg é da Polícia Rodoviária Federal e no governo Bolsonaro chegou a ocupar cargo comissionado mostrando como existe uma relação clara entre o reacionarismo da extrema-direita, a política de assassinato da população indígena promovida pelo bolsonarismo aliado do agronegócio do qual Ibaneis também é parte.

6) Militarizou dezenas de escolas no DF

Ibaneis Rocha, implementou o projeto autoritário das escolas cívico-militares que falam em disciplina, mas, na verdade, perseguem estudantes e professores. Seguindo o modelo proposto por Bolsonaro, já militarizou cerca de 15 escolas no DF, em especial nas periferias para reprimir ainda mais a juventude negra. Isso é parte dos ataques à educação do governo Bolsonaro-Mourão e dos militares, junto dos governos estaduais, municipais e com a ajuda do judiciário.

Leia mais: Estudantes de escola cívico-miltar são ameaçados por policiais ao protestarem contra exoneração de vice-diretora no DF

Todos estes motivos mostram como Ibaneis é aqui no DF mais um representante da política de destruição dos direitos dos trabalhadores e das condições de vida de toda a população assim como Bolsonaro o faz nacionalmente. O bolsonarismo seguirá forte mesmo com a provável vitória de Lula, para enfrentá-lo e também a Ibaneis será necessário que a classe trabalhadora se organize ativamente e de forma independente da direita e dos patrões. Só assim será possível fazer frente às reformas implementadas pelo regime do golpe, como a reforma trabalhista e a reforma da previdência.

Editorial MRT: Combater o bolsonarismo e preparar a vanguarda para a luta contra as reformas e ataques




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