Segundo Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que discursou hoje (01/07) na CPI da Covid, um coronel e um tenente-coronel estavam presentes na reunião no restaurante Vasto, em Brasília, em que Roberto Ferreira Dias, do Ministério da Saúde, pediu propina de US$ 1 dólar por dose para comprar vacinas.
quinta-feira 1º de julho de 2021 | Edição do dia
(Foto: Agência Senado)
Pereira, em seu depoimento, disse que os militares eram o coronel Alexandre Martinelli e o tenente-coronel Marcelo Blanco, ambos do Exército. Eles estavam presentes no momento em que o então diretor de logística do Ministério da Saúde pediu a propina, que totalizaria cerca de R$ 2 bilhões.
Pereira, representante da Davati Medical Supply, já tinha confirmado, anteriormente, a participação de Blanco, e afirmou que Martinelli era o empresário de que havia falado. Marcelo Blanco era o diretor substituto do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, e foi dispensado na última quarta, após a revelação da reunião.
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É uma demonstração do envolvimento dos militares, enquanto pilar de sustentação do regime brasileiro, nos casos de corrupção, principalmente levando em conta que o titular da pasta na época era o general Pazuello.