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Todo apoio! | Aeronautas entrarão em greve na próxima segunda (19) em ao menos 8 cidades

Ontem, 15, em assembleia os aeronautas aprovaram greve por unanimidade a partir da próxima segunda-feira, 19. Eles paralisarão as atividades de 6h às 8h, em pelo menos 8 cidades no país, até que suas demandas sejam atendidas. Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial de acordo com a inflação e seus direitos que são arrancados sistematicamente pelas empresas. Todo apoio à greve dos aeronautas!

sexta-feira 16 de dezembro de 2022 | Edição do dia

Os pilotos e comissários entrarão em greve a partir da próxima segunda-feira. Em nota, o SNA (Sindicato Nacional dos Aeronautas) afirma que a categoria tem como demanda a recomposição das perdas inflacionárias e um ganho real nos salários, de forma a compensar as perdas nos dois anos de pandemia, “que foi de quase 10%”. Eles também reivindicam que tenha um limite de espera dos tripulantes entre um voo e outro, de 3 horas durante o dia e duas horas no período da noite. A empresa trata isso como “mera formalidade”, mas o tempo de espera dos tripulantes em solo só beneficia os lucros das empresas, visto que as folgas acabam por muitas vezes não sendo respeitadas, etc.

As paralisações das atividades serão realizadas de 6h às 8h até suas demandas serem atendidas nos aeroportos de Congonhas (SP), Guarulhos (SP), Galeão (RJ), Santos Dumont (RJ), Viracopos (Campinas-SP), Porto Alegre (RS), Brasília (DF), Confins (MG) e Fortaleza (CE).

Durante toda a pandemia, os aeronautas seguiram trabalhando sem parar, sendo expostos à Covid, além de sofrerem demissões, redução de salários e jornadas, congelamento dos salários. O que as companhias aéreas buscam seguir fazendo é aumentar suas taxas de lucro em cima da precarização das condições de trabalho dos funcionários.

Essas mesmas empresas que não pararam de lucrar na pandemia, agora que voltaram a ter aviões cheios como antes, e também lucrando ainda mais, principalmente devido ao preço das passagens, que subiram acima da inflação em 2022, e pela aumento do preço do petróleo.

A greve e a mobilização mostram o caminho e disposição de luta dos trabalhadores para combater os ataques patronais, que no governo Bolsonaro apenas se aprofundou, exemplos são a reforma trabalhista e da previdência. É o mínimo que tenham seus salários reajustados de acordo com a inflação e sem a perda de nenhum direito.

As centrais sindicais como a CUT e a CTB, dirigidas pelo PT e PCdoB, precisam sair da paralisia e organizar a luta dos trabalhadores pela base com assembleias, inclusive batalhando pela unidade com outras categorias de trabalhadores que também estão sofrendo diversos ataques, como são os trabalhadores terceirizados na UFMG, que estão em greve por melhores salários e condições de trabalho.

Os aeronautas são uma categoria nacional e estratégica e têm uma enorme força e potencial para impactar demais setores, mostrando que não vão deixar suas vidas serem precarizadas para manter os lucros dos patrões. Uma só classe, uma só luta!

Todo apoio à greve dos aeronautas!




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