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Rumo ao 32º Congresso do SINPEEM | As batalhas e propostas do Movimento Nossa Classe no 32o congresso do SINPEEM

Nessa semana agora de terça-feira agora, 24 de outubro, começa o 32º Congresso do SINPEEM, o sindicato dos educadores municipais de São Paulo, serão 4 dias de congresso e nós do Movimento Nossa Classe Educação participaremos batalhando para que organizar um plano de lutas para enfrentar o projeto e legado de ataques à nossa classe. Apenas com mais ampla democracia em nosso sindicato, com mobilização pela base em cada escola e da unificação de todas as categorias em conjunto com todos os setores oprimidos e a juventude, ao lado de nossos alunos e das comunidades escolares, e de forma independente de todos os governos é possível derrotar o projeto e legado de ataques.

segunda-feira 23 de outubro de 2023 | Edição do dia

É fundamental que nossa categoria busque se organizar contra esse cenário de ataques que seguem castigando os trabalhadores, mulheres, negros, indígenas e pessoas LGBTQIAP+ no país. Sofremos com um quadro docente e de funcionários defasado, com as péssimas condições de trabalho do quadro de apoio, dos educadores e das trabalhadoras terceirizadas da cozinha e limpeza. E, há cerca de um mês, fomos surpreendidos pela IN 24 do bolsonarista Nunes (MDB) e do Secretário Padula que passa por cima da autonomia das escolas para impor uma educação de tempo integral precária, silenciando as comunidades escolares de toda cidade de São Paulo, não bastassem ataques históricos como o SampaPrev.

Nunes se alinha com Tarcísio (Republicanos), que aprofunda os ataques no estado através do Novo Ensino Médio (NEM), Nova Carreira e o PEI, que pode ser o futuro do SPI — enquanto avança nos cortes à educação e privatização da Sabesp, CPTM e Metrô. A não revogação do NEM, reforma que é herança do golpe institucional; a aprovação no MEC da Escola em Tempo Integral sob bases precárias; o aprofundamento da terceirização que escraviza, humilha e divide a nossa classe, inclusive no chão das escolas; e medidas como o Arcabouço Fiscal: todas ações do governo de frente ampla de Lula-Alckmin (PT/PSB) abrem espaço para a extrema direita seguir sua ofensiva em São Paulo.

Enquanto a direção majoritária de nosso sindicato, encabeçada por Claudio Fonseca há quase 40 anos, atua rebaixando nossas demandas, apostando em acordos com Nunes e com os governos inimigos, como fez na campanha salarial, e sufocando a democracia operária dentro do sindicato com métodos extremamente burocráticos, nossa saída precisa passar pela auto organização da nossa categoria em conjunto com outros setores da nossa classe, seguindo os exemplos das recentes greves dos estudantes da USP e da Unicamp, além do exemplo da grande greve unitária de 3 de outubro, na qual vimos a força da unidade entre os trabalhadores da Sabesp, da CPTM e do Metrô.
Por isso, nesse 32º Congresso, batalhamos por um SINPEEM democrático e dirigido pela base — que tem rosto de mulher e do povo negro; que seja independente dos governos e contra a conciliação de classes; para organizar um real plano de lutas, que coloque nossa categoria na ofensiva, em defesa de nossos direitos, junto dos demais trabalhadores e das comunidades escolares.

Qual o caminho para enfrentar os ataques?

Para nos enfrentarmos com a extrema direita de Nunes e Tarcísio, é preciso romper com a política de frente ampla do governo Lula-Alckmin, que vem conciliando com alas do bolsonarismo, cedendo ministérios ao Republicanos de Tarcísio e ao União Brasil de Kim Kataguiri, e não revogando nenhum dos ataques implementados desde o golpe de 2016 e durante os anos de governo Bolsonaro. Só assim é possível construir uma saída independente da nossa classe e que atenda verdadeiramente os nossos interesses.
As centrais sindicais, como CUT e CTB, precisam romper com a divisão entre categorias de luta, como fizeram na última greve do dia 3 em SP, e convocar uma grande luta unificada contra os ataques de Tarcísio e Nunes em São Paulo.

Somente o caminho da luta, da mobilização pela base em cada escola e da unificação de todas as categorias em conjunto com todos os setores oprimidos e a juventude, ao lado de nossos alunos e das comunidades escolares, pode derrotar o projeto e legado de ataques da extrema direita. Para arrancarmos nossas demandas, é impotente a estratégia de pressão parlamentar e de confiança nas instituições na qual apostam os setores minoritários da atual direção, mas que leva a abrir mão da independência política e de classes no nosso sindicato. Além da própria estratégia de concessões e acordos com a direita e com os empresários em nome da governabilidade, que, como estamos vendo no governo federal e, inclusive em prefeituras que o PSOL governa como em Belém (PA), já se reflete na manutenção e aprofundamento dos ataques. É preciso confiarmos em nossas próprias forças!




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