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Escola estadual SP | EE Pedro Alexandrino tem quadro de limpeza reduzido e alunos perdem aula para limpar sala

A equipe do Esquerda Diário recebeu denúncias vindas da Escola Estadual Pedro Alexandrino, localizada na Zona Norte em São Paulo, que escancaram qual o tipo de escola que o bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos) quer para crianças e jovens no estado de SP.

terça-feira 5 de setembro de 2023 | Edição do dia

A Escola Estadual Pedro Alexandrino, localizada na zona norte de São Paulo, tem funcionado com o quadro de limpeza com apenas 2 funcionários com uma jornada de 6 horas por dia para os dois turnos. A escola tem 13 salas de aula em cada período, totalizando 26 turmas, mais os espaços coletivos como pátio, banheiros, sala de leitura, informática, sala de professores, corredores, secretaria e salas da gestão escolar.

Segundo denúncias recebidas, falta limpeza e os banheiros não tem papel higiênico e papel toalha, pois estes ficam trancados na sala da diretora e pela redução de funcionários e o difícil acesso à sala da gestão, os banheiros acabam ficando sem papel. Isso é o resultado da falta de quadro de apoio nas escolas.

A gestão escolar teria orientado que alguns alunos do ensino médio passassem nas salas de aula pedindo para que os estudantes do fundamental realizassem a limpeza de suas respectivas salas. Os estudantes têm feito a limpeza das salas, pois, é humanamente impossível para os funcionários da limpeza conseguirem dar conta de limpar tudo, principalmente realizar a limpeza entre os períodos matutino e vespertino, porque a aula do período da manhã termina 12h35 e o da tarde começa às 13h, logo os funcionários têm apenas 25 minutos para realizar a limpeza. Obviamente não conseguem, não dão conta, são cobrados cada vez mais, enquanto muitas vezes nem sequer recebem seus salários em dia, que por sinal são baixíssimos, resultado da terceirização.

Além de todos os problemas que os estudantes da rede pública estadual têm enfrentado com o descaso do governo, o que acarreta em defasagem de aprendizado, falta o básico na escola, chegando a esse nível insano em que as escolas se tornam ambientes insalubres, como visto nas imagens acima, de uma sala de aula e o que seria o bebedouro dos alunos.

Por um lado o governo de Tarcísio de Freitas e Renato Feder tem cobrado o uso das tecnologias nas aulas, mas cadê os materiais básicos para isso? Nesta escola, por exemplo, chega a faltar cabos e até tomadas. Existem salas de aula sem iluminação com lâmpadas queimadas há meses, banheiros entupidos e quebrados, cadê a estrutura da escola?

Segundo alguns relatos da comunidade que conversamos, a escola está abandonada. Entre o quadro de funcionários e estudantes a insatisfação é geral, e ainda alguns alegam que os espaços da secretaria e salas da gestão escolar não são afetados pela falta de limpeza, "a sala da gestão está sempre limpinha e organizada". Segundo pesquisa, a escola já foi alvo de outras denúncias de assédio contra funcionários e professores, justamente por estes se posicionarem contrários aos desmandos do estado que tem como projeto precarizar a educação, aumentar a evasão escolar e adoecer professores e funcionários.

Esse é o projeto de educação de Tarcísio? Onde nem um ambiente limpo alunos e professores podem ter? Que educação é essa?




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