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Ataque à Educação | Enfrentar com plano de luta e mobilização o ataque de Bolsonaro às universidades federais

O governo Bolsonaro aprovou por decreto o confisco de 328 milhões de reais para universidades e institutos federais, além da Capes. A UNE convocou assembleias e uma mobilização nacional para dia 18.

quinta-feira 6 de outubro de 2022 | 15:37

Imagem: ImagoImages

É necessário um plano de lutas para derrubar o confisco que representa mais um novo ataque de Bolsonaro às universidades federais e colégios federais que somados já são R$ 2,4 bilhões esse ano e R$ 1 bilhão para o ano que vem. É preciso unificar a luta dos trabalhadores como a enfermagem que segue sua luta pelo piso salarial e a luta dos estudantes contra esse confisco e todos os ataques contra as universidade, além da reforma administrativa que Lira prometeu votar ainda esse ano.

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Esse novo ataque assinado por decreto às vésperas das eleições de 2º turno às universidades tem um sentido eleitoral, por ser justamente contra setores que rechaçam Bolsonaro por conta dos ataques, cortes e interventores, além do negacionismo, desemprego e precarização da vida e do trabalho que atinge em cheio a juventude pobre e negra do país. Bolsonaro está aproveitando para sinalizar para o mercado que é uma alternativa para a burguesia, descarregando a crise nas costas dos trabalhadores e da juventude.

No último período vimos escândalos de corrupção envolvendo o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro e pastores evangélicos, além de ataques reacionários contra as universidades de figuras não menos detestáveis como os ex-ministros Vélez Rodrigues e Weintraub. Enquanto os bolsonaristas de turno que ficavam à frente do MEC numa “cruzada ideológica” contra às universidades e à juventude que se materializou em diversos ataques e cortes, estudantes perdiam suas bolsas, RUs e bibliotecas foram fechadas, a precarização do trabalho aumentou, basta ver o caso da trabalha terceirizada da Unicamp que morreu durante o trabalho e seus companheiros de trabalho foram obrigados a seguir trabalhando.

Leia mais: Com mais precarização e sobrecarga, terceirizada da Unicamp morre de mal súbito

Esses cortes e o novo confisco colocam ainda mais em risco o funcionamento de várias universidades que já funcionam precariamente devido aos inúmeros cortes de Bolsoanro e podem parar de funcional ainda esse ano, como denunciamos aqui

Só a nossa luta, de estudantes junto aos trabalhadores é que pode barrar o confisco e todos os ataques do governo Bolsonaro contra as universidades federais, num plano de lutas que coloque também a necessidade de barrar a reforma administrativa.

A União Nacional dos Estudantes (UNE), entidade estudantil nacional dirigida majoritariamente por juventudes ligadas ao PT e ao PCdoB, soltou calendário divulgando o chamado a terem assembleias e mobilização contra os cortes. Para reverter esse cortes, contra a corja da extrema-direita, é urgente que essas assembleias sejam convocadas com todo peso nas bases de cada universidade e instituto federal, o contrário do que vem sendo a movimentação das direções burocráticas, que se aliam com a direita. Só confiando nas nossas próprias forças ao lado dos trabalhadores podemos garantir permanência e os salários dos trabalhadores da universidade, barrar a Reforma Administrativa e revogar as reformas e privatizações que destroem nossas condições de trabalho, direitos e educação, uma necessidade urgente que Lula e Alckmin já garantiram a distintos setores burgueses que os apoiam que não farão.

Por um plano de luta já para enfrentar todos os ataques de Bolsonaro às universidades e institutos federais!

Leia mais: Seguir a luta contra Bolsonaro sem trégua e com ainda mais força




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