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UFPE | Faísca Revolucionária reúne mais de 50 pessoas para discutir sobre luta negra e luta de classes

Estudantes dos mais diversos cursos se reuniram na tarde de quinta-feira para assistir ao evento, que contou com a presença de uma trabalhadora terceirizada que foi liderança de greve.

sábado 25 de novembro de 2023 | Edição do dia

Na semana da Consciência Negra, que foi marcada aqui no nosso estado por assassinatos pela polícia na Comunidade do Detran, a Juventude Faísca Revolucionária realizou um grande evento na UFPE para discutir sobre luta negra e luta de classes. Participaram da mesa Cristina Santos e Renato Shakur, estudantes das Ciências Sociais e a mediação ficou por conta de Valdecila Bandeira, do mesmo curso. No entanto, a presença mais ilustre foi a de Sil Ramos, trabalhadora terceirizada que foi liderança de uma greve na USP.

O evento contou com a presença de mais de 50 pessoas, entre estudantes de diversos cursos, professores e também trabalhadores, lotando o auditório do CFCH. A discussão passou sobre os principais desafios do enfrentamento ao racismo hoje, em seu entrelaçamento intrínseco ao capitalismo. Nessa perspectiva, resgatando também o marxismo revolucionário como arcabouço teórico de emancipação das massas negras, além dos desafios do movimento negro e também do movimento operário e estudantil no combate à essa face brutal da opressão capitalista. O público assistiu entusiasmado e participou ativamente da discussão.

A semana também foi marcada por mais denúncias no RU, inclusive um estudantes que teve o céu da boca cortado com um pedaço de cerâmica que estava na comida. A ampla adesão à atividade mostra que existe espaço para mobilização dos estudantes. Apesar disso, as direções dos DAs seguem na paralisia. Na última assembleia das Ciências Sociais, nós da Faísca estivemos defendendo a necessidade de uma exigência aos DAs para construir assembleias e mobilizar por um RU estatal, de qualidade e sem precarização. No entanto, a direção do DACS, composta pela UJC e pelo Mangue Vermelho barraram as propostas. Enquanto isso, deixam impune ao movimento Todas as Vozes (formado por Levante, UJS, PDT e PSB) que dirige maioria dos DAs e foram responsáveis pelo fechamento do DCE.

Nesse sentido, é necessário que desde já se construa uma assembleia geral da UFPE a partir dos DAs para tirarmos um plano de lutas contra a precarização do RU. No entanto, essa luta não deve ser pela mera substituição da empresa, e sim combater toda a lógica da terceirização, lutando por um RU estatal, acessível e de qualidade. Nessa luta, os trabalhadores terceirizados são nossos aliados e por isso se faz necessário também lutar contra a precarização que representa a terceirização do trabalho, defendendo sua incorporação ao quadro efetivo da universidade sem a necessidade de concurso público. Frente a essa demanda, acreditamos que uma mesa com a presença de uma trabalhadora terceirizada liderança de greve é um exemplo importantíssimo, e devemos batalhar para que se generalize, batalha pela qual a Faísca estará na linha de frente.




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