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7S | Governo Bolsonaro gastou R$ 8,4 milhões com 7 de Setembro

O comício realizado em Brasília no último dia 7 de setembro, data do bicentenário da “independência”, custou 8,4 milhões aos cofres públicos.

quinta-feira 13 de outubro de 2022 | Edição do dia

O Ministério da Defesa gastou R$ 8,4 milhões com desfile de 7 de setembro realizado em Brasília. Bolsonaro, organizou um verdadeiro comício eleitoral com recursos públicos, o que levou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a proibir a utilização das imagens desse dia no horário eleitoral. O 7 de setembro, historicamente utilizado para o gritos dos excluídos - haja visto, o teor que esse evento carrega, por ter sido um processo que favoreceu a permanência das elites agrárias, dos Braganças portugueses a frente do governo por mais 67 anos e nenhuma emancipação aos escravizados e ao povo pobre -, foi tomado pelo bolsonarismo e a extrema-direita, como peça de marketing ao genocida que tenta a reeleição.

As informações acerca do evento foram liberadas pelo Ministério da Defesa em resposta ao pedido feito pela Lei de Acesso à Informação (LAI). O ministério apresentou uma divisão dos gastos, mas de forma ampla. Grande parcela dos gastos (R$ 5,8 milhões) estão categorizados como “material de consumo”, outros R$ 1,7 milhão em “serviços de terceiros”, outras despesas enumeradas são correspondentes a passagens aéreas (R$ 517 mil) e diárias com R$ 359 mil.

Totalmente aparelhado para a campanha de reeleição do atual presidente, os adversários questionaram o evento, o TSE se mobilizou para proibir a veiculação das imagens desse dia na campanha de Bolsonaro. Após muito alardear posições golpistas para o 7 de setembro, Bolsonaro fez um discurso reacionário, dentro dos limites eleitorais, com um discurso moderado, embora, atento à sua base. Os grupos-chave que estiveram em peso no espetáculo do genocida, eram majoritariamente, evangélicos e os ruralistas.

Por sua vez, a chapa Lula/Alckmin organizaram atos esvaziados para o dia 11 de setembro (um domingo), onde atuaram em prol de um processo eleitoral “sem turbulências” no campo da luta de classes. Tentaram a todo custo canalizar as revoltas da população e daqueles que não aderem ao projeto bolsonarista ou de extrema-direita, para a paralisia e a aceitação um projeto de aliança com a burguesia, a Fiesp, a Febraban e a manutenção da obra econômica do golpe institucional, para se ver livre de uma suposta ameaça fascista. O resultado veio após os resultados de 2 de outubro com o fortalecimento do bolsonarismo e o encastelamento da extrema-direita no Congresso.

Bolsonaro e sua trupe odiosa, seguem aparelhando o que podem para ganhar as eleições em 30 de outubro. Enquanto isso, Lula e Alckmin seguem se unindo a figuras como Paulo Marinho, que até praticamente ontem era aliado próximo de Bolsonaro e seus filhos e aos tucanos e a parte do MDB golpistas. Para derrotar Bolsonaro e a extrema-direita, não podemos fazer alianças com a direita e os patrões, nessa batalha é necessário unificar as forças dos trabalhadores, como os profissionais da saúde que se mobilizam contra o confisco de seu piso salarial e aos estudantes das federais, que lutam por um futuro de qualidade visando derrubar os cortes promovidos pelo presidente. Somente através das mobilizações dos trabalhadores, da juventude e dos oprimidos, que poderemos derrubar as reformas anti operárias, os cortes e os ataques que esse regime golpista e os capitalistas promovem contra nossa classe.




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