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Demissões | Por uma forte luta contra o fechamento da Toyota de Indaiatuba

No dia 5 de março, a Toyota de Indaiatuba anunciou o plano de reestruturação da empresa, que envolve, dentre outras coisas, o fechamento da fábrica até 2025 e a transferência de suas atividades para a planta de Sorocaba. A empresa ainda disse, com a intenção de enganar os trabalhadores, que não mandará ninguem embora manterá os 1500 empregos na nova localidade.

sábado 9 de março | Edição do dia

O anúncio se deu dois dias após o ex-tucano e vice-presidente da Frente Ampla Alckiming twittar que, a partir do programa do governo federal Mover e Combustível do Futuro, a Toyota investirá R$ 11 bilhões na fábrica de Sorocaba até 2030, com R$ 5 bi até 2026. Com um investimento desse montante, é absurdo se falar em fechamento da fábrica de Indaiatuba que produz desde 1998 o Corolla sedã, um dos mais vendidos no país, e que gerou uma lucratividade enorme para a Toyota garantido pelo suor de seus trabalhadores. Isso para não falar dos vários incentivos e insenções que a empresa recebeu ao longo dos anos

A promessa da empresa de garantir os 1500 empregos na nova planta, com adicional e ajuda de custo, de nenhuma forma pode ser confiada. A planta de Sorocaba fica em outra base sindical (dirigida pela burocracia da Articulação Sindical) em que o piso salarial é inferior ao da base de Campinas e Região em que se encontra a fábrica de Indaiatuba. Mesmo que leve os trabalhadores para Sorocaba, como patronal que é, a Toyota vai mandar embora os trabalhadores com salário maior depois de um curto período de tempo.

Após reunião com a Toyota, a resposta dada pelo prefeito de Indaiatuba, Nilson Gaspar (MDB), em suas redes sociais sobre o anúncio de fechamento foi a de propor um “grupo de trababalho entre Prefeitura e Toyota para estudar a destinação da área ocupada pela empresa, com objetivo de buscar novos negócios para Indaiatuba”. Ou seja, como era de se esperar de um prefeito de um partido burguês, nada de exigir a manutenção da fábrica na cidade.

No sentido contrário dessa resposta lamentável, os trabalhadores da Toyota de Indaiatuba votaram em assembleia no dia seguinte do anúncio pela manutenção da fábrica na cidade. É preciso organizar uma forte campanha de solidariedade e luta contra o fechamento da fábrica. As centrais sindicais, em particular as da região, mas não só, precisam convocar uma luta unitária pela manutenção da fábrica, assim como o conjunto dos movimentos sociais, sindicatos, oposições sindicais, movimento estudantil e organizações de esquerda precisam encampar essa batalha.

Flávia Telles, conselheira da APEOESP Campinas pela oposição declarou "O fechamento da Toyota é um grande ataque e é parte dos ataques para precarizar a vida dos trabalhadores, que estamos vendo se aprofundar com a reforma trabalhista que foi aprovada pelo Temer, aprofundada com Bolsonaro e que se mantém no governo Lula-Alckmin. Querem precarizar as condições de trabalho ainda mais, e a empresa faz suas promessas, mas na prática significará demissões para os trabalhadores. É preciso que todos os sindicatos assumam essa luta como uma luta sua, nós professores estaremos em cada batalha dos trabalhadores da Toyota contra os patrões e os ataques."

Desde já, nós do Esquerda Diário e do MRT nos colocamos nosso diário e nossas forças à disposição para ajudar na luta.




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