Cinco jovens palestinos assassinados em Gaza tinham entre 19 e 21 anos, enquanto um adolescente de 15 anos morreu de um disparo na zona de Jan Yuni e outro foi assassinado pela polícia em Hebron. Os enfrentamentos se estendem pela Cisjordânia e Gaza.
terça-feira 13 de outubro de 2015 | 00:00
Três dos feridos estão em situação crítica, um deles com uma ferida de bala na cabeça, explicou o porta voz do Ministério da Saúde do Hamás em Gaza, Ashraf Al Qebra.
A mesma fonte identificou três dos falecidos como Ahmed Al Herbawu, de 20 anos, Shadi Dulah e Abdullah Al Wahidi, e assegurou que os feridos tinham sido transferidos ao hospital de Al Shira, na capital.
Os enfrentamentos começaram depois das orações do meio dia de sexta feira, quando dezenas de jovens de Gaza lançaram pedras contra as posições do Exército israelense no enclave oriental, próximo ao bairro de Suhaiya e da passagem de fronteira de Nahal Oz, explicou.
Essas fontes afirmaram que os soldados utilizaram armas de fogo e gás lacrimogênio para dispersar os manifestantes.
Os distúrbios se estenderam rapidamente para outros três pontos, a cidade de Jan Yunis, no sul, e as de Yabalia e Beit Hunun, no norte, próximo das fronteiras.
Os cinco falecidos têm entre 19 e 21 anos, exceto um adolescente de 15 anos, que morreu por um disparo na região de Jan Yunis.
Um portavoz do Exército israelense confirmou os enfrentamentos a agências de notícias e assinalou que dispararam contra os palestinos “confirmando haver onze alvos”. As revoltas causaram cerca de 140 feridos de munição real e balas ricocheteadas (80 em Gaza e cerca de 60 na Cisjordânia), enquanto outra centena teve de ser atendida por intoxicação com gases lacrimogêneos, explicou o portavoz do Ministério da Saúde palestino em Ramala, Mohamad Awawda.
Em paralelo aos distúrbios se registraram três apunhalamentos de palestinos contra israelenses e um ataque de um judeu de ultradireita contra quatro árabes.
Pouco depois um palestino foi abatido no assentamento judeu de Kiryat Arbá, na localidade palestina de Hebrón, quando tratou de apunhalar um policial.
Os choques entre os jovens e o exército se produziram horas depois de que o chefe do Governo do movimento islâmico Hamas em Gaza, Ismail Haniye, chama-se a ampliar a atual onda de ataques para convertê-la em uma intifada com o fim de “libertar Jerusalém”.
“Confirmo que Gaza apoia a batalha por Jerusalém e por (a mesquita de) Al Aqsa, e apoia a bendita intifada a pesar da dor, do bloqueio e das conspirações,” disse. Acrescentou que a Faixa de Gaza “está preparada para unir-se a uma intifada completa”. O movimento Yihad Islâmica chamou também esta semana desde Gaza a levar a cabo uma intifada.
A região vive há dias uma onda de enfrentamentos entre o exército e jovens palestinos, na qual morreram vários palestinos, centenas resultaram feridos, e morreram também alguns israelenses.
