Metroviários abrem as portas da sede do sindicato para abrigar pessoas sem teto que padecem contra o frio de São Paulo.
sábado 31 de julho de 2021 | Edição do dia
Sede do Sindicato dos Metroviários de SP, na zona leste de São Paulo - Gabriel Cabral/Folhapress
Com 4º C à noite e falta de moradia, pelo menos 16 pessoas morreram na rua em São Paulo (capital) desde o final de junho e que poderiam ser evitadas com moradia digna para todos. É em meio a esse cenário trágico que importantes exemplos de solidariedade de classe aparecem, como a abertura da sede do Sindicato dos Metroviários de São Paulo para abrigar pessoas sem teto.
O acolhimento solidário começou ontem (30/07) e contará com a disponibilização de café da manhã e sopa. E é importante lembrar que é justamente o terreno desse sindicato que o governo de João Dória leiloa para a iniciativa privada, numa tentativa clara de atacar a organização dos trabalhadores metroviários e de diversas outras categorias que também se utilizavam do espaço para a organização de encontros e atividades.
Logo, precisamos lutar por uma urgente reforma urbana radical para que ninguém mais morra por estar desabrigado no frio e também pela defesa da sede dos Metroviários de São Paulo contra os ataques de João Doria.