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Demissões em massa | Um ano após privatização no governo Lula, Metrô de BH demite mais de 200 trabalhadores. É preciso resistir!

Nesta quinta-feira (4), o Metrô de BH comandado pelo escravagista Nenê Constantino anunciou uma demissão em massa de 230 metroviários e metroviárias, sem justa causa. Romeu Zema e o governo nacional da Frente Ampla são responsáveis! É preciso pra já um plano de lutas para resistir às demissões e à privatização. Toda nossa solidariedade aos trabalhadores!

sexta-feira 5 de abril | Edição do dia
Foto: Flávio Tavares

No apagar das luzes do governo Bolsonaro, a venda do Metrô de BH foi amarrada e costurada com o governador de MG, Romeu Zema. Vendido à preço de banana e para um empresário condenado por homicídio de funcionários e por manter trabalhadores em trabalho escravo, o Metrô foi privatizado com aval e assinatura do governo Lula-Alckmin, apesar da disposição e da força imensa que os metroviários e metroviárias demonstraram em luta e em greves.

Leia mais: Metroviários de BH seguem no terceiro dia de greve, e mesmo com ameaças de multa do TRT paralisam 16 estações

7 meses depois da privatização, uma reportagem do Brasil de Fato denunciou com depoimentos de trabalhadores os inúmeros casos de abusos e práticas antissindicais cometidos pela empresa, com aumento da jornada de trabalho e uma precarização das condições dos trabalhadores. Isso resultou em uma diminuição absurda do quadro de funcionários com 665 demissões só neste período de 7 meses, o que afeta diretamente também na qualidade do serviço prestado à população e no encarecimento do serviço, que aumentou de R$ 4,50 para R$ 6,00 assim que ocorreu o leilão.

Não satisfeito, o Metrô de BH agora anunciou mais uma demissão em massa, dispensando de uma vez só 230 trabalhadores, sem nenhum tipo de mediação e diálogo com o sindicato e negando termos de proteção financeira como o impedimento de demissão de mães com filhos em idade escolar, a demissão de funcionários PCDs e empregados em período de pré-aposentadoria, etc.

Assim como Tarcísio de Freitas em São Paulo, o governo de extrema direita de Romeu Zema ataca os metroviários e os serviços públicos, precarizando a vida dos trabalhadores e dos usuários, tudo isso com um completo silêncio e até cooperação do governo nacional de frente ampla Lula-Alckmin.

O Sindicato dos Metroviários de Belo Horizonte precisa retomar a mobilização em defesa dos empregos e contra a privatização que se desenvolveu no começo do ano passado. É preciso promover espaços de autoorganização como as assembleias para que os trabalhadores possam discutir o que fazer frente a mais esse ataque, além de construir uma grande cobertura de apoios democráticos de personalidades, intelectuais, parlamentares, todos aqueles que se colocam contra o absurdo das demissões em massa.

Durante 9 dias os professores e administrativos de Contagem-MG deram um grande exemplo e paralisaram suas atividades em greve contra a falta de reajuste salarial, fechamento de turmas e pelo preenchimento das vagas ociosas de professores que o governo de Marília Campos/ Ricardo Faria (PT/MDB) se negou a garantir.

Estamos falando de batalhas de uma mesma guerra contra a precarização dos serviços públicos e contra os ataques dos governos capitalistas à classe trabalhadora. A luta dos metroviários de Belo Horizonte é a mesma luta dos trabalhadores de Contagem e dos metroviários de São Paulo. As Centrais Sindicais como a CUT e CTB, que dirigem uma importante parcela dos trabalhadores nacionalmente, precisam romper com a colaboração que fazem com o governo de Frente Ampla e promover a mais ampla mobilização nacional, unificando trabalhadores da mesma categoria, de diferentes categorias, efetivos e terceirizados.

Toda solidariedade aos trabalhadores! Por nenhuma demissão!




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