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CRISE NAS MONTADORAS | Vendas de automóveis no Brasil acumulam queda de 17,02% em 2015

quinta-feira 2 de abril de 2015 | Edição do dia

Ao todo, 674.422 veículos foram vendidos no Brasil nos três primeiros meses do ano, o que representa uma queda de 17,02% em comparação com o primeiro trimestre de 2014 (812.711), segundo informou nesta quarta-feira a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

As vendas de automóveis, utilitários, ônibus e caminhões, que a entidade mede pelo total de placas expedidas, vêm caindo no país desde que o governo suspendeu os descontos fiscais que concedia ao setor.

Se forem levados em conta apenas os automóveis particulares, as vendas acumulam uma queda de 15,96% neste ano, de 648.553 unidades no primeiro trimestre de 2014 para 545.880 entre janeiro e março de 2015.

Apenas em março, as vendas de veículos ficaram em 234.681 unidades, com uma queda de 2,5% em comparação ao mesmo mês do ano passado (240.793) e um aumento de 26,21% em relação a fevereiro, embora esse último mês tenha menos dias úteis.

Os fabricantes anunciaram férias coletivas e reduções de turnos para diminuir os estoques e adequar a produção à queda da demanda.

Na segunda-feira, a Volkswagen anunciou que concederá férias coletivas de três semanas a 4.200 de seus 5.000 empregados em Taubaté, a segunda maior fábrica da empresa no Brasil, de modo a ajustar a produção. No dia 31 de março, a fábrica da Ford na mesma cidade, anunciou a demissão de 137 trabalhadores que estavam em lay-off.

O setor automotivo enfrenta uma grave crise como consequência da forte queda da demanda interna (causada pela redução do crédito e a recessão econômica) e da demanda externa, ou seja, das exportações, principalmente para a Argentina.

A capacidade de consumo da população, principalmente a mais pobre, está caindo e isto irá se agravar pelas medidas de cortes nos gastos sociais e nos direitos dos trabalhadores, além do aumento nas tarifas básicas, que são parte do ajuste fiscal de Levy e Dilma para que sejam os trabalhadores que paguem pela crise causada pela sede lucro dos empresários.

EFE/ED




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