Os perfis foram criados em redes como TikTok, Twitter, Facebook , Instagram, Telegram e Kwai, chamados Restitui Brasil e Evangélicos com Lula. O aceno ao eleitorado evangélico demonstra a intenção de Lula e a política do PT de manter a profunda ligação entre o Estado e a Igreja e de não avançar em direitos fundamentais como o aborto.
segunda-feira 22 de agosto de 2022 | Edição do dia
Imagem: Rovena Rosa / Agência Brasil
Lula pediu ao TSE para incluir 12 novos perfis de redes sociais ao registro de sua candidatura. Metade deles se chamam "Restitui Brasil" e a outra metade " Evangélicos com Lula".
No site da Restitui Brasil, eles se intitulam "evangélicos, seguidores de Jesus, membros de diferentes igrejas, em diferentes Estados brasileiros, comprometidos com a Democracia e com a vida em abundância. Estamos preocupados com o futuro da nação, com a miséria, fome, desemprego, morte, violência e desigualdade que assola o povo brasileiro. Assim, acreditamos na eleição de Lula e de Alckmin, como alternativa imediata e urgente para frear os males que nosso país está enfrentando e restituir tudo quando nos foi roubado”.
A criação desses perfis é um aceno ao eleitorado evangélico, que é majoritariamente votante de Bolsonaro, e também um aceno da chapa Lula-Alckmin ao compromisso de seguir mais um governo do PT aprofundando as relações entre o Estado e a Igreja, barrando avanços como o aborto legal, seguro e gratuito, que vão além do conservadorismo das igrejas. É preciso lutar pela separação do Estado e da Igreja, que será conquistada apenas pela força da organização da classe trabalhadora, e não na confiança eleitoral em setores que estão aliados com a direita conservadora e as igrejas.
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