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Pobreza | No governo Bolsonaro, 10 milhões de crianças estão em situação de pobreza

O desamparo, de milhões de pessoas na pobreza no país, aflige também crianças, afetando o seu desenvolvimento psicossocial. Relatório Pobreza Infantil no Brasil aponta agravemento dessa situação em meio a pandemia e o governo Bolsonaro.

quarta-feira 12 de outubro de 2022 | Edição do dia

Pesquisadores da PUC do Rio Grande do Sul produziram o relatório Pobreza Infantil no Brasil, em que apuraram o crescimento da pobreza entre crianças de até seis anos, no país.

Os dados indicam crescimento de 8,6% em um ano. Em 2020, início da pandemia, era de 36,1% a proporção de crianças nessa faixa etária em situação de pobreza — ou seja, cujas famílias viviam com 467 reais por mês. No ano seguinte, o índice subiu para 44,7%. O nível de extrema pobreza, a atingir famílias que vivem com 161 reais por mês, chega a 12,7%.

Números que expõe a perversidade do quadro brasileiro, enquanto o presidente Jair Bolsonaro afirma que não há fome no país. Fora os números, situações como as filas do osso, ou do lixo, já demonstravam o agravamento da pobreza no país.

Em números absolutos, são 7,8 milhões de crianças vivendo na pobreza e 2,2 milhões na extrema pobreza.

Segundo o estudo, as crianças mais afetadas com a falta de acesso financeiro básico são negras, de áreas rurais, da região Nordeste e majoritariamente provenientes de famílias monoparentais, nas quais só há um cuidador.

A discrepância entre as crianças negras e brancas, por exemplo, é de 22%. Enquanto a primeira infância não-branca representa 54,3% da população em situação de pobreza, as crianças brancas são 32,4%.

Nas regiões rurais, 69,7% das crianças sofrem com situação de pobreza, ante 40,2% no meio urbano – uma disparidade de quase 30 pontos percentuais.

Esse quadro demonstra a necessidade de lutarmos pelo fim da pobreza e da fome que cresceram durante o governo Bolsonaro, contraditoriamente, enquanto o agronegócio aumentou sua produção e riqueza. Para acabar com a fome e a pobreza no país não podemos nos aliar com a direita e os patrões, é necessário um programa da classe trabalhadora em resposta a crise econômica, um programa que defenda o ajuste salarial de acordo com a inflação, a divisão das horas de trabalho entre empregados e desempregados, a redução da jornada de trabalho sem redução salarial.




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