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Justiça por Heloísa! | PRF intimida família de Heloísa e obriga pais a deporem enquanto criança estava em cirurgia

Heloísa dos Santos Silva, de apenas 3 anos, faleceu na manhã deste sábado (16). É oitava criança, neste ano, a ter sua vida arrancada devido à política de guerra às drogas promovida pelo Estado racista no Rio de Janeiro.

sexta-feira 22 de setembro de 2023 | Edição do dia

Willian da Silva, pai de Heloísa, baleada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) no último dia 7 de setembro, foi intimado pela própria PRF para prestar depoimento enquanto sua filha estava na mesa de cirurgia.

A família de Heloísa foi intimidada enquanto vivia o desespero de perder a menina que faleceu no último sábado, 16 de setembro. Em entrevista ao Estadão, Willian afirmou que a PRF disse à mãe de Heloísa que se ela morresse eles - os pais - não poderiam fazer nada. A tia da menina relatou também a intimidação dos policiais que estavam presentes na unidade médica neste dia.

Heloísa morreu após ser baleada por agentes da PRF que fizeram disparos em direção ao carro que ela estava com os pais e sua irmã de 8 anos, no Arco do Metropolitano, na Baixada Fluminense. A menina chegou a ser levada ao Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, onde ficou nove dias internada, mas não resistiu.

Esse é mais um caso de uma criança que teve sua vida ceifada pela polícia assassina em 2023. No estado governado pela extrema direita de Cláudio Castro, vimos se aprofundar os massacres e chacinas contra o povo negro, assim como em São Paulo, governado pelo asqueroso governo de extrema-direita de Tarcísio, mas também na Bahia com o governo de Jerônimo Rodrigues, do PT.

Já são 156 mortes da PRF desde 2018, a mesma polícia responsável por matar Genivaldo em uma câmara de gás improvisada em uma viatura, demonstrando que mesmo as polícias que não são militarizadas cumprem o papel de massacrar e exterminar a população negra e pobre.

A polícia é a instituição que está a serviço do Estado para matar o povo preto e pobre, não é aliada da classe trabalhadora em hipótese alguma. Para arrancar justiça pela vida de Heloísa e de todas as vítimas da violência policial é preciso levantar uma investigação independente, com mobilização em repúdio a violência policial, com exigência as direções das centrais sindicais e da UNE que acampem uma forte mobilização para impor justiça as vítimas, contra a impunidade policial e o fim de todas as policias.




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