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USP | Quatro propostas para massificar e fortalecer o Movimento Estudantil da Letras

A partir de uma reunião com militantes da Faísca Revolucionária e demais estudantes do curso, em sua maioria calouros, chegamos nessas quatro propostas para poder massificar e fortalecer o movimento estudantil da letras, batalhando pela contratação de professores e contra a precarização da universidade: Unificação das pautas, Por uma paralisação também política, Explicar pros estudantes com paciência sobre a importância da luta e Exigência ao DCE por uma coordenação das lutas.

quarta-feira 10 de maio de 2023 | Edição do dia

1) Unificação das pautas: queremos trazer mais gente para se somar à mobilização, fazendo com que a balança de forças pese pro nosso lado (e não pro da reitoria) a fim de que arranquemos nossas demandas! Por isso, unificar a nossa luta legítima por mais docentes com a exigência pelo pagamento das bolsas PAPFE, bem como com as pautas dos trabalhadores, é de extrema necessidade, pois alcança um público muito maior e nos liga ao setor essencial e estratégico da sociedade de classes, que por produzir tudo, tem o poder de parar tudo. Os estudantes, unidos aos trabalhadores, formam uma aliança chave, e, aqui na Letras, temos que apostar nela, sem nenhuma confiança na reitoria.

2) Por uma paralisação também política: como comunistas, vemos que a situação política fora da USP afeta a Letras. Por isso, e também por defender o papel político que os estudantes da Letras podem e precisam cumprir na realidade, acreditamos que teria sido ainda mais forte que essa nossa paralisação também tivesse como centro a revogação da Reforma do Novo Ensino Médio, bem como todas as demais reformas anti-operárias que Tarcísio impõe em SP, assim como Lula e Alckmin já se comprometeram em não revogar. Seríamos o primeiro curso superior nacionalmente a parar contra o NEM, o que fortaleceria a luta dos estudantes e professores (vários também estudantes de Letras inclusive) contra o sucateamento da educação dentro e fora da USP.

3) Explicar pros estudantes com paciência sobre a importância da luta: Depois da pandemia e do Governo Bolsonaro, com o PT na USP sendo DCE e por anos cumprindo o papel de institucionalizar e subordinar cada vez mais o Movimento Estudantil à reitoria, vemos uma geração de estudantes que estão entendendo sobre a importância de se mobilizar. É absurdo culpar os estudantes pelo esvaziamento dos espaços do ME. Nesse sentido, os Centros Acadêmicos deveriam estar cumprindo o papel essencial de organizar a luta dos estudantes, de forma viva e não rotineira, fomentando a nossa auto-organização. Já o que faz a gestão Balalaica do CAELL é tentar assumir o papel que seria dos estudantes, construindo assembleias com pouco ou nenhum espaço de fala. Isso esvazia o Movimento Estudantil e enfraquece nossa luta. Queremos que a entidade sirva para pensar junto com os estudantes as formas mais criativas de trazer mais pessoas, e organizar, para além de atos e reuniões, atividades culturais e políticas, festas, etc.

4) Exigência ao DCE por uma coordenação das lutas: se teve uma lição que os estudantes da Letras tiraram com a greve de 2002, batalha que proporcionou a maior contratação de professores dos últimos tempos, foi que somente com a adesão dos demais cursos, como a História e a Sociais, que tal conquista foi possível. Achamos que deveria ter acontecido uma assembleia geral organizada pelo DCE, dirigido pela UP, PCB e Juntos do PSOL, com o objetivo de unificar e coordenar todas as nossas lutas, que hoje estão fragmentadas e enfraquecidas por conta disso. Acreditamos também que, se o DCE não chama a assembleia, é papel do nosso Centro Acadêmico fazer essa exigência, uma vez que essa integração será vital para o nosso movimento.




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