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Chuvas de Petrópolis | Um mês da tragédia em Petrópolis e centenas de desabrigados sofrem com descaso do estado

Centenas de famílias seguem em abrigos até hoje, e esperando os auxílios que a prefeitura de Bomtempo e o governo do Rio de Castro ainda não liberaram para o aluguel social.

segunda-feira 14 de março de 2022 | Edição do dia

Há exatamente um mês atrás, a cidade de Petrópolis no Rio de Janeiro estava sofrendo uma enorme tragédia causada pela negligência capitalista. As fortes chuvas que que inúmeros estados sofreram no início desse ano, deixou em Petrópolis 233 mortos e 4 desaparecidos. Além de centenas de desabrigados que tiveram seus lares atingidos. Um mês após essa catástrofe as pessoas improvisam em meio ao caos, sem casa, sem aluguel social e sem perspectivas.

Muitos seguem morando com parentes e amigos dentro ou fora do município, outros voltaram para seus lares em áreas de risco - parte deles ainda sem laudo da Defesa Civil -, e cerca de 700 seguem nos 21 abrigos montados em escolas ou instituições voluntárias. Os imóveis de baixo custo que já eram escassos na cidade agora são quase inexistentes, e em áreas consideradas seguras custam muito acima do que as famílias devem receber do poder público.

Poucos conseguiram firmar contratos de aluguel por meio da prefeitura. Foram cerca de 180 famílias até agora, com prioridade aos desabrigados. Os valores oferecidos pela Prefeitura de Rubens Bomtempo, e pelo o governo Castro, são de R$ 800 e R$ 200 mensais. Um valor totalmente irrisório para realidade da cidade onde a maioria dos aluguéis são acima de R$ 1000. São somente migalhas que esses governos estão oferecendo para essa população que já passou por tanto sofrimento.

Saiba mais: Petrópolis, um retrato do Brasil e da necessidade de lutar por uma reforma urbana radical

Em meio a rusgas entre cidade e estado, ainda não ficou claro para os moradores como, quando e por quanto tempo o aluguel social será pago. Segundo o Governo Cstro, a prefeitura disse à Justiça que faria o repasse no décimo dia útil, mas o município afirma que ficou acertado o pagamento unificado no quinto dia útil.

A situação é de total precarização e descaso da situação. Muitos desabrigados estão morando em casa de parentes ficando lotadas e em total insalubridade. “Onde moram dois, moram sete. “O pobre se adequa a tudo”, diz a manicure Gabriela Silva em matéria da Folha de S.Paulo.

Enquanto isso, a população de Petropolis segue pagando imposto pela Lei do laudêmio, o imposto do príncipe criada nos tempos do Império, que é cobrada dos imóveis da cidade e é destinada para os herdeiros da família Real, algo totalmente absurdo.

Isso mostra a urgência de uma reforma urbana radical onde possa garantir moradia segura, atacando o lucro dos capitalistas e taxas como a laudêmio serem suspensas, e todo dinheiro arrecadado dela se torne verba para ajudar as famílias desabrigadas.




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